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Pochmann diz que críticas à gestão dele são “normais“ em regime democrático

O presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Marcio Pochmann, afirmou nesta quarta-feira (29) que as críticas à atual gestão são “normais” em um regime democrático.

“Há questionamentos e resistência, que são normais numa gestão democrática. Só numa gestão democrática é possível haver manifestações. Diante do subfinanciamento, é necessário tomar decisões”, disse em evento de lançamento do plano de trabalho do IBGE para 2025.

Como noticiado pela CNN, a gestão Pochmann é alvo de críticas de integrantes do governo, da oposição e de servidores do IBGE.

Pochmann afirma que o IBGE viveu momentos de instabilidade, devido às constantes trocas na presidência nos últimos anos, e que a gestão dele é responsável por “estabilizar” o Instituto.

“O IBGE está fazendo uma transição do período de enfraquecimento que viveu. A instituição vivia sérios problemas de instabilidade e de financiamento. Nosso papel foi estabilizar através do diálogo dos servidores”, adicionou.

Segundo Pochmann, o orçamento atual do IBGE é insuficiente. O presidente do Instituto afirmou que 91% dos recursos são destinados à folha de pagamento, limitando investimentos em outras áreas.

Crise no IBGE

Em setembro passado, uma carta sem autor, com críticas à gestão Pochmann e um pedido de exoneração do presidente do IBGE, chegou a circular entre os servidores do Instituto. Intitulado como “Declaração Pública dos Servidores do IBGE”, o documento apresenta o IBGE+ como pivô das insatisfações dos empregados.

Segundo a carta, trata-se de “uma entidade de apoio de direito privado, implementada sem qualquer diálogo com os trabalhadores”.

“Formalizada em sigilo por 11 meses e anunciada dois meses após sua oficialização em cartório, essa fundação gera dúvidas quanto a sua real finalidade e ao impacto que terá sobre a independência técnica e administrativa do instituto”, diz parte do texto.

Em janeiro deste ano, os diretores Elizabeth Hypolito e João Hallak Neto pediram exoneração e deixaram os cargos, devido ao descontentamento com a gestão de Pochmann.

Ainda em janeiro, foi divulgada uma carta – dessa vez, assinada majoritariamente por diretores e gerentes de diversas áreas – que afirmaram que a condução do IBGE por Pochmann tem um “viés autoritário, político e midiático”, e que “sua gestão ameaça seriamente a missão institucional e os princípios orientadores do IBGE”.

Na avaliação dos servidores que assinaram a carta, a fundação foi criada sem diálogo com os funcionários do Instituto.

Os funcionários pedem a paralisação dos trabalhos da fundação e afirmam que Pochmann “impõe a criação da Fundação IBGE+ como única alternativa às demandas por recursos financeiros”.

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